Confinamento de gado do Grupo Otávio Lage prevê receber cerca de 30 mil animais
Cenário econômico desafiador da pecuária este ano exige uma abordagem estratégica na aquisição de insumos e na gestão da compra e venda de bois
Com o início da safra marcado para o dia 11 de março, o Confinamento do Grupo Otávio Lage, considerado o mais antigo do Brasil, se prepara para receber cerca de 30 mil bois. Uma particularidade desta temporada é que 40% desse volume provêm de bois recriados a pasto em fazendas pertencentes ao próprio grupo, como Codora, Vera Cruz, Canadá, União e Fazenda Jóia, enquanto o restante será adquirido por compra direta.
Segundo Antônio Roberto, gestor do confinamento, os bois provenientes das fazendas de recria do Grupo Otavio Lage chegam ao confinamento em condições superiores, devido à socialização, protocolos sanitários prévios e suplementação de médio consumo. “Essa preparação resulta em uma adaptação mais suave ao sistema de confinamento, tornando-os mais aptos para o processo”, explicou.
Entretanto, o cenário econômico desafiador da pecuária este ano, com preços de commodities em baixa e queda no valor do boi gordo, exige uma abordagem estratégica na aquisição de insumos e na gestão da compra e venda de bois. “A inteligência de mercado será fundamental para mitigar os impactos dessas adversidades”, ponderou o gerente de Pecuária do grupo, Leonardo Rios.
Em relação ao ciclo de confinamento dos animais, o período é de 110 dias, durante os quais os bois ganham de 7,5 a 8 arrobas, preparando-se para comercialização. Os animais de recria do grupo passam por um processo prévio de preparação na entrada do confinamento e são identificados com brincos eletrônicos e rastreio sisbov, necessário para a exportação para a Europa. Já os animais adquiridos por compra direta recebem protocolos sanitários no confinamento e passam por um período de adaptação antes de serem abatidos.
A expectativa é de que a arroba engordada seja feita em R$ 220,00, embora este valor possa variar de acordo com as condições do mercado e do clima. “O Grupo Otavio Lage permanece atento às oscilações do mercado e aos desafios apresentados, buscando maximizar a eficiência e a rentabilidade da operação durante esta safra”, afirmou o diretor do grupo, Rodrigo Mendes.
